Médicos, Enfermeiros, instituições de Saúde e outras especialidades do setor ainda não descobriram o potencial do Linked In como perspectiva, mas ainda há tempo (por Daniel Souza, São Paulo – Brasil).
O Linked In a Rede Mundial de compartilhamento de perfis profissionais mais conhecida e acessada do momento. Pra se ter uma idéia, a Rede nasceu em 2002 e atualmente (2014) são mais de 300 milhões de usuários cadastrados. Muitas foram as Redes Sociais que surgiram ao longo desse tempo. Mas, como na vida real, longevidade carece de sentido prático, relevância na vida das pessoas – coisa que o Linked In se esmera para mostrar, ano após ano. E significado é um atributo perseguido por outras Redes Sociais. O esgotamento do modelo de redes onde as pessoas ficam apenas se mostrando, matando a falta do que fazer ou alimentando um novo vício, está fadado ao desaparecimento.
Se você ainda não conhece ou apenas “ouviu falar” do Linked In, é bom ver alguns fatos com mais atenção: se buscarmos por Linked In no Google, são mais de um bilhão e duzentos milhões de referências. Se buscarmos apenas o verbete “linked in é” em português, são mais de 18 milhões de alusões. É inegável que, para profissionais que pretendem deixar sua identidade profissional visível, a referência é o Linked In. Empresas de Recursos Humanos também pensam desta forma – é o que diz uma pesquisa da Right Management (2010) constatando que o Linked In faz a diferença em pesquisa de perfis em uma razão de 1 para 4 análises de candidatos. Normalmente é levada em conta a forma como a pessoa interage na rede, além do seu histórico profissional – fatos e dados. Não é pra menos que o Próprio Google, quando mencionamos “dicas linked in”, mostra quase cinco milhões de referências – muita gente sugerindo como ficar bem na foto.
Tudo isso dito, pra enfatizar outro ponto curioso – a baixa adesão de profissionais da área da saúde no Linked In é um fato. Se filtrarmos alguns verbetes no próprio site, temos: Médico (452.000 – médicos atuantes ou em outra profissão que não a medicina – termo em inglês (physician), enfermeiro ou enfermeira (60.600, somando as duas referências) e farmacêutico (49.509 referências). O segmento da Saúde passa por um desafio cruzado: a dificuldade encontrada por bons profissionais para mostrar seu trabalho e a necessidade de clientes (pacientes) e empresas em localizar bons médicos, enfermeiros e outros especialistas com comprovada capacidade de resolução. O Linked In transita com destacada desenvoltura no nosso meio, em nossa rotina. Falta o profissional de saúde dedicar mais tempo e atenção para utilizá-lo de forma a “vender seu peixe”.
Ao contrário do que muita gente pensa, a procura de emprego não é o principal foco e nem o que motiva as pessoas a manterem seus perfis no Linked In. Segundo o Diretor Geral da rede, Osvaldo Barbosa de Oliveira, os principais motivos são a manutenção da sua identidade profissional e a possibilidade de compartilhar conteúdo relevante para o desenvolvimento de sua carreira. Segundo ele, “Só em oitavo lugar aparece a procura por emprego”. Então, quem não usa o Linked In com medo de que o chefe perceba com “maus olhos” ou que os colegas pensem que “tem algo errado”, fique tranquilo. Não que esse também não seja um ponto importante para o site: hoje no Brasil, existem cerca de 150 clientes usando o Linked In Recruiter. Empresas como Citroen, HSBC e Fiat estão entre os principais.
Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, pesquisadores e outros especialistas – aprendam mais sobre o Linked In. Quem sabe não está aí o resgate da antiga relação “médico-paciente” ou “hospital-profissional” ou “seguradora de saúde-clínica” sob outra perspectiva de mercado ainda não devidamente explorada?
Sob o enfoque de alavancagem de carreira, eu apreciaria muito se meu médico tivesse um perfil bem estruturado no Linked In. Sem dúvida compartilharia com meus contatos (que não são poucos)…

Osvaldo Barbosa, Presidente do Linked In Brasil – “Busca por emprego está em oitavo lugar no Linked In”
- No Brasil, o Linked In tem mais de 10 milhões de usuários (2013). Quando entrou no Brasil em 2010, eram menos de 1 milhão.
- O Brasil é o 3º pais mais presente na Rede, empatado com Inglaterra (EUA e India são 1º e 2º respectivamente).
- O Linked In registrou lucro líquido de US$ 11,5 milhões no quarto trimestre de 2012, um aumento de 66% ante o lucro de US$ 6,9 milhões no mesmo período de 2011.
- Aumento de 86% na receita – de US$ 522,2 milhões em 2011 para US$ 972,3 milhões em 2012.
- A receita deve encerrar 2013 entre US$ 1,41 bilhão e US$ 1,44 bilhão e o e o lucro ajustado entre US$ 315 milhões e US$ 330 milhões.
fontes: Folha.com e Época Negócios.
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